Hamas liberta 20 reféns israelenses após 2 anos; Netanyahu exige corpos

Hamas liberta 20 reféns israelenses após 2 anos; Netanyahu exige corpos

Na manhã de 13 de outubro de 2025, Hamas entregou reféns israelenses ao Comitê Internacional da Cruz Vermelha na fronteira da Faixa de Gaza, marcando o fim de dois anos de cativeiro para vinte pessoas. O resgate, confirmado por veículos como CNN Brasil e a revista Veja, foi realizado às 06h51 (UTC) e culminou na transferência dos sobreviventes para autoridades israelenses, que os submeteram a exames médicos imediatos e os reuniram com suas famílias.

Contexto histórico e origem do conflito

O sequestro desses vinte indivíduos remonta ao ataque coordenado de 7 de outubro de 2023, quando Hamas invadiu território israelense e capturou mais de 250 pessoas. Desde então, o número de reféns vivos diminuiu drasticamente; apenas vinte permaneceram em cativeiro até o acordo de cessar-fogo parcial que facilitou a entrega de ajuda humanitária e, agora, a libertação de vivos.

A presença de Benjamin Netanyahu, primeiro‑ministro de Israel, tem sido central nas negociações: ele insiste que a devolução de todos os corpos dos 28 reféns mortos seja condição sine qua non para qualquer solução duradoura.

Detalhes da liberação e logística da operação

A operação foi descrita como "logística complexa" pela revista Veja. Delegados da Comitê Internacional da Cruz Vermelha, baseados em Genebra, coordenaram a verificação biométrica dos indivíduos enquanto equipes de segurança israelenses aguardavam no posto de fronteira de Erez. Após a conferência de identidade, os 20 foram encaminhados ao Magen David Adom (serviço de emergência israelense) para avaliação médica.

Os exames revelaram desnutrição, desidratação severa e traumas psicológicos profundos. Especialistas em nutrição, psiquiatria e doenças infecciosas foram mobilizados para estabilizar os pacientes antes de sua transferência ao Tel Hashomer Medical Center, onde as famílias foram informadas.

Reações e declarações de líderes

Durante a sessão parlamentar do mesmo dia, Benjamin Netanyahu afirmou: "Esperamos que seja por bem. Se não for por bem, infelizmente terá que ser mal". A mensagem deixou claro que, caso Hamas não devolva os 28 corpos, as Forças de Defesa de Israel (Forças de Defesa de Israel) retomarão as operações ofensivas.

Em um gesto inesperado, Donald Trump dirigiu‑se ao Knesset, o parlamento israelense, para expressar apoio ao governo de Netanyahu. Embora o conteúdo exato de seu discurso não tenha sido detalhado, a presença do ex‑presidente sinalizou um reforço diplomático ao lado de Israel.

Já o analista militar Rafa Rosenstein, que transmitia ao vivo pelo programa Morning Show, declarou que "faremos o que for necessário para que eles sejam alcançados" e advertiu que ataques a alvos estratégicos em Rafah poderiam iniciar dentro de 72 horas, caso as exigências não sejam atendidas.

Impactos humanitários e militares

Impactos humanitários e militares

Os familiares dos libertados relataram alívio misturado a tristeza profunda ao descobrir que inúmeros companheiros ainda permanecem desaparecidos. Psicólogos do Ministério da Saúde israelense foram mobilizados para oferecer suporte de luto e prevenção de transtorno de estresse pós‑traumático.

Próximos passos e perspectivas de negociação

Seus próximos movimentos dependerão da resposta de Hamas ao pedido de devolução integral dos corpos. A liderança israelense já avisou que, caso apenas quatro restos sejam entregues, as Forças de Defesa de Israel lançarão uma campanha de bombardeios dirigida a instalações militares, depósitos de armas e centros de comando em Gaza.

Enquanto isso, organizações de direitos humanos reforçam a necessidade de observância do direito internacional humanitário, lembrando que a retenção de corpos de civis desaparecidos pode constituir crime de guerra.

Antecedentes e contexto geopolítico

Antecedentes e contexto geopolítico

Desde que assumiu o controle da Faixa de Gaza em junho de 2007, Hamas tem enfrentado bloqueios econômicos e militares impostos por Israel e Egito. O cessar‑fogo parcial, mediado por Nações Unidas e Qatar, foi renovado duas vezes, mas cada renovação tem sido acompanhada de episódios de violência e quebras de confiança.

O envolvimento de atores externos, como o Comitê Internacional da Cruz Vermelha, tem sido crucial para garantir que a assistência humanitária chegue a populações vulneráveis e que processos como o da troca de reféns ocorram dentro de um marco de neutralidade.

Perguntas frequentes

Quantos reféns foram libertados e por quanto tempo permaneceram cativos?

Vinte israelenses foram libertados em 13 de outubro de 2025, após exatamente dois anos – 730 dias – de cativeiro nas mãos de Hamas.

Por que Israel ainda exige a devolução de 28 corpos?

Para o governo de Benjamin Netanyahu, a entrega completa dos restos é condição moral e legal que permite avançar em negociações de paz e garante respeito ao direito das famílias à dignidade dos entes queridos.

Qual foi o papel da Cruz Vermelha no processo?

O Comitê Internacional da Cruz Vermelha atuou como intermediário neutro, verificando a identidade dos reféns, realizando exames médicos iniciais e encaminhando-os às equipes de emergência israelenses.

Quais são as possíveis repercussões militares se Hamas não devolver todos os corpos?

Especialistas como Rafa Rosenstein alertam que as Forças de Defesa de Israel podem iniciar uma ofensiva intensiva em Rafah dentro de 72 horas, mirando infraestruturas militares e depósitos de armas de Hamas.

Como a comunidade internacional tem reagido ao episódio?

Vários países, entre eles os Estados‑Unidos, a União Europeia e o Qatar, elogiaram a libertação dos vivos, mas reiteraram a necessidade de garantir o retorno dos corpos e o respeito ao direito internacional humanitário.

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