13º antecipado do INSS: cronograma de pagamento para 34,2 milhões de aposentados em 2025

O Luiz Inácio Lula da Silva assinou o decreto que antecipa o décimo terceiro salário do INSS para 2025, garantindo que Instituto Nacional do Seguro Social pague os valores em duas parcelas entre abril e junho. A medida, que afeta diretamente 34,2 milhões de aposentados e pensionistas, é a sexta consecutiva desde 2020 — e vem com um propósito claro: colocar dinheiro nas mãos das famílias brasileiras antes da alta dos preços no segundo semestre. A primeira parcela, equivalente a 50% do valor bruto, será creditada entre 24 de abril e 8 de maio. A segunda, já com descontos de INSS e Imposto de Renda, entre 24 de maio e 6 de junho. Não é um 14º salário. É o 13º, só que antes. E isso faz toda a diferença.

Quem recebe quando? O cronograma detalhado

O calendário de pagamento não é único. Ele se divide por faixa de valor do benefício e pelo último dígito do número do cartão — não o dígito verificador, que vem depois do traço. Para quem recebe até um salário-mínimo (R$ 1.518), o pagamento da primeira parcela segue um cronograma diário:

• Final 1: 24 de abril
• Final 2: 25 de abril
• Final 3: 26 de abril
• Final 4: 27 de abril
• Final 5: 28 de abril
• Final 6: 29 de abril
• Final 7: 30 de abril
• Final 8: 1º de maio
• Final 9: 4 de maio
• Final 0: 5 de maio

Para quem recebe acima do mínimo, o cronograma é agrupado:

• Final 1 e 6: 2 de maio
• Final 2 e 7: 5 de maio
• Final 3 e 8: 6 de maio
• Final 4 e 9: 7 de maio
• Final 5 e 0: 8 de maio

A segunda parcela segue lógica semelhante, mas com datas em maio e junho. Para benefícios até R$ 1.518: final 1 em 26 de maio, final 2 em 27, e assim por diante, até o final 0 em 6 de junho. Para os demais, os mesmos pares de finais, mas com pagamentos entre 26 de maio e 6 de junho.

Por que antecipar? O impacto nas cidades

Essa não é só uma medida de alívio financeiro — é um motor econômico. Carlos Lupi, ministro da Previdência Social, afirmou que o programa é “o maior programa contínuo de distribuição de renda do mundo”. E ele não exagera. Cada parcela do 13º antecipado circula diretamente nos mercados de bairros, farmácias, feiras e postos de gasolina. Segundo dados do Ministério, cerca de 70% dos municípios brasileiros dependem desses repasses para manter a economia local em movimento. Em cidades pequenas, onde o salário mínimo é a principal renda, o 13º antecipado pode ser o único grande fluxo de dinheiro do ano.

É por isso que, ao invés de esperar agosto, o governo decidiu adiantar. “Queremos que as pessoas paguem suas contas, comprem remédios, façam a compra do mês e supram necessidades básicas com mais tranquilidade”, disse uma nota oficial. E isso não é só bom para os beneficiários — é bom para o comércio, para os pequenos produtores, para os motoristas de aplicativo que veem mais corridas. É um efeito cascata.

Quem não recebe agora? O detalhe que muitos esquecem

Atenção: nem todos os segurados receberão o 13º antecipado em 2025. A regra é simples — e muitos confundem. A antecipação vale apenas para quem já estava recebendo o benefício até junho de 2025. Quem teve o aposentadoria ou pensão aprovada após essa data receberá o 13º salário na data tradicional: novembro de 2025. Isso mantém a periodicidade anual do benefício, mesmo com a antecipação. Não é um erro. É uma regra clara, e o INSS já alerta isso em seus canais.

Como saber sua data exata? O Meu INSS é essencial

Se você tem dúvidas sobre quando vai receber, não espere o correio ou o boletim da previdência. O aplicativo Meu INSS é a forma mais rápida e segura de verificar. Basta acessar, logar com o gov.br, e clicar em “Extrato do Benefício”. Lá aparece o valor, o status e, mais importante, a data exata em que o crédito será feito — com base no último dígito do seu número de benefício. Se você não usa o app, vá a uma agência da Caixa Econômica Federal ou do Banco do Brasil (dependendo do banco onde recebe). Não confie em mensagens de texto ou ligações suspeitas. O INSS nunca pede senhas por telefone.

Comparação histórica: por que 2025 é diferente?

Antes de 2020, o 13º salário do INSS seguia o calendário tradicional: 50% em agosto e 50% em novembro. A antecipação começou como uma medida emergencial durante a pandemia. Mas, ao contrário do que muitos pensam, não foi abandonada depois. Pelo contrário: virou política de Estado. Em 2021, 2022, 2023 e 2024, o mesmo cronograma foi mantido. Em 2025, o governo apenas reforça o padrão. A diferença? Agora, a economia está mais instável. A inflação ainda pesa no bolso. E o governo sabe que, quando o dinheiro chega antes, o impacto é maior.

Para trabalhadores com carteira assinada, o calendário é outro. A primeira parcela do 13º deve ser paga até 28 de novembro de 2025 (antecipado de 30, que cai em domingo), e a segunda até 20 de dezembro. Mas isso não vale para aposentados. São regras distintas. Confundir as duas pode gerar frustração — e até cobranças indevidas.