Quando Atlético-GO virou o jogo contra Avaí na noite de 16 de setembro de 2025, a partida já tinha tudo para virar manchete nos jornais esportivos de todo o país. O duelo, válido pela 26ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro 2025Estádio Antônio Accioly, Goiânia, terminou 2 a 1 para o Dragão, que jogou com um a mais após a expulsão do zagueiro adversário.
A campanha até aqui tem sido de altos e baixos. O Atlético-GO, que chegou à 13ª colocação com 35 pontos, conseguiu se afastar oito pontos da zona de rebaixamento, enquanto o Avaí, com 36 pontos, ocupa a 11ª posição e vive sequência negativa como visitante – são cinco derrotas e dois empates nos últimos sete jogos longe de casa. Essa virada foi, portanto, crucial para manter viva a esperança de classificação para a Série A.
O primeiro tempo começou rápido. Aos 25 minutos, Marcos Vinícius aproveitou um chute de longa distância e abriu o placar para o Avaí. O gol saiu de um cruzamento impiedoso, encobrindo o goleiro de Atlético-GO. Pouco depois, aos 33 minutos, Lelê, atacante do Dragão, recebeu um passe de Federico Martínez e empatou a partida.
O jogo deu uma guinada quando, aos 41 minutos da primeira etapa, o árbitro mostrou o segundo cartão amarelo ao zagueiro Jonathan Costa, do Avaí, que foi expulso. A equipe catarinense ficou com dez jogadores, e o Atlético‑GO passou a dominar as áreas avançadas.
No segundo tempo, a pressão aumentou. Aos 36 minutos, Lelê marcou novamente, desta vez de cabeça após cruzamento de Guilherme Romão. O gol selou a vitória e deu ao Dragão a tão esperada sequência de quatro jogos sem perder – duas vitórias e dois empates.
Ao deixar o campo, o técnico do Atlético‑GO, Paulo César Carpegiani, elogiou a postura do time: “Conseguimos transformar a vantagem numérica em controle de jogo. O esforço dos 11, sobretudo o de Lelê, foi decisivo.” Já o treinador do Avaí, Sérgio Lopes, admitiu que a expulsão mudou tudo: “Precisamos ser mais disciplinados. A falta de um zagueiro nos expôs, e a equipe não reagiu a tempo.”
Os jornalistas que cobriram a partida reforçaram a importância dos cartões: “Quatro amarelos para o Atlético‑GO – Luizão, Robert Santos, Guilherme Romão e Radsley – mostraram a intensidade, mas a expulsão foi o ponto de inflexão.”
A vitória ainda coloca o Atlético‑GO em uma posição confortável para planejar a parte final da temporada, enquanto o Avaí terá que quebrar o ciclo negativo longe de casa para não cair na zona de queda.
O comentarista esportivo Ricardo Moraes, da TV Brasil, destacou a importância da efetividade nas bolas paradas: “O cruzamento de Romão para Lelê foi trabalhado nas treinos. A equipe mostrou que pode ser perigosa em situações de bola parada, algo que pode render pontos valiosos contra adversários mais fortes.”
Já o ex‑jogador de série B, César Farias, apontou a vulnerabilidade defensiva do Avaí: “A falta de um zagueiro aumentou o espaço nas áreas de cobertura. Se mantiver a disciplina e melhorar a compactação, ainda tem chances de subir na tabela.”
Com 35 pontos e oito de vantagem sobre a zona de rebaixamento, o Atlético‑GO ganha fôlego para planejar os últimos oito jogos. A sequência sem perder aumenta a confiança da equipe e pode ser decisiva para alcançar uma vaga na Série A, já que ainda faltam 12 partidas para o fim da competição.
A retirada de um zagueiro central deixou o Avaí vulnerável nas transições defensivas. Sem reposição adequada, o time sofreu pressão constante do Atlético‑GO, o que facilitou a criação de jogadas de ataque e, consequentemente, o gol da virada.
Além de manter a disciplina (evitando cartões e expulsões), o clube deve reforçar a compactação defensiva e buscar estratégias de contra‑ataque mais eficazes. Treinos focados em bolas paradas e melhor aproveitamento das poucas oportunidades são essenciais para virar o quadro.
O Dragão encara o Remo no sábado, 20 de setembro, às 20h30, no estádio Baenão, em Belém (PA). O duelo será decisivo para manter a sequência positiva.
Lelê já marcou quatro gols na campanha, sendo dois decisivos nesta partida. Seu faro de gol e a capacidade de aparecer nos momentos críticos tornaram‑se fundamentais para o time, especialmente em jogos apertados onde a diferença de pontos é mínima.
Escrito por matheus frança
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