Ninguém imaginava um placar tão largo no primeiro jogo da decisão, mas o Atlético-MG tratou de mostrar logo cedo quem manda em Minas. Neste sábado, no Mineirão, o time atropelou o América-MG por 4 a 0 e praticamente colocou as duas mãos na taça do Campeonato Mineiro de 2025. O América até começou tentando igualar forças, mas o filme mudou totalmente ainda na primeira etapa.
O lance que bagunçou o roteiro veio antes da metade do primeiro tempo, quando Cauã Barros se enroscou com Cuello e acertou o atacante do Galo com uma cotovelada. O árbitro não teve dúvida: vermelho direto. Com um jogador a mais, o Atlético transformou o favoritismo em massacre.
Quem roubou a cena foi Lyanco – o zagueiro apareceu onde nenhum defensor costuma brilhar. Ele marcou dois gols e empurrou o América-MG para as cordas. Não era só a bola parada que funcionava: o Atlético pressionou, trocou passes e criou chances praticamente sem ser incomodado. Na base da técnica e da frieza, Arana também deixou o dele em uma bela finalização, e o atacante Rony completou a festa atleticana.
Se faltava algo para o Atlético confirmar sua superioridade estadual, tudo ficou escancarado nesta final: o time, acostumado a decisões, soube matar o jogo quando o América ficou vulnerável. O técnico do Galo armou uma equipe que sabia exatamente onde pressionar, aproveitou cada espaço deixado pelo adversário e soube esfriar o jogo quando foi preciso. Do outro lado, o América-MG pareceu sentir o golpe da expulsão mais do que deveria. Os jogadores perderam o ritmo e viram as jogadas não encaixarem. Algumas tentativas de reação foram barradas pela defesa sólida do Atlético, que não deu espaço nem para sustos.
A torcida atleticana, é claro, não economizou na empolgação. Os cânticos de “é campeão” já começaram a ecoar, tomando conta do Mineirão. Agora, o Galo está com um pé e meio na história, prestes a conquistar o raro feito do hexacampeonato mineiro. O América vai precisar de um milagre daqueles para mudar o cenário na volta, mas, se depender do jogo de ida, a diferença entre os times ficou gritante. O Atlético-MG mostra que, em Minas, tem dono e não pretende abrir mão do trono tão cedo.
Escrito por Thiago Neves
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