Quando CONMEBOL confirmou, neste sábado (27/09), o calendário completo das semifinais da Copa Libertadores e da Copa Sul‑Americana 2025, torcedores de ponta a ponta sentiram o aumento da adrenalina. Os duelos de ida ocorrerão na semana de 22 de outubro, enquanto as partidas decisivas de volta estão marcadas entre 28 e 30 outubro, criando duas semanas intensas de futebol sul‑americano.
Até agora, a definição de datas costuma ser feita em reunião fechada, mas a divulgação antecipada permite que clubes, atletas e imprensa organizem logística, viagens e preparação física com antecedência. Além disso, a coincidência dos jogos das duas competições na mesma janela reforça a disputa por atenção de patrocinadores e de público televisivo, que tem menos espaço para outras transmissões.
Os quatro semifinalistas são Palmeiras, Liga Deportiva Universitaria (LDU) do Equador, Racing Club da Argentina e Flamengo. Cada confronto traz uma história própria:
Os jogos de ida serão disputados assim:
Já as voltas, previstas entre 28 e 30 de outubro, decidirão quem avança para a final que será realizada em Lima, Peru, no dia 29 de novembro.
No outro lado da moeda, a Sul‑Americana reúne Lanús (Argentina), Atlético‑MG, Independiente del Valle (Equador) e Universidad de Chile. Os confrontos foram:
Assim como na Libertadores, as partidas de ida ocorrem na semana de 22/10, enquanto as voltas – entre 28/10 e 30/10 – decidirão os finalistas, que disputarão a decisão em Assunção, Paraguai, no dia 22 de novembro.
O campeão da Libertadores garantirá vaga na Copa Intercontinental 2025, disputada novamente no Catar, país que sediou a Copa do Mundo de 2022. O torneio reúne os vencedores continentais da América do Sul, Europa, Ásia e África, oferecendo ao brasileiro a chance de enfrentar gigantes como o Paris Saint‑Germain ou o Manchester City. Já a vencedora da Sul‑Americana recebe uma bonificação financeira que pode ser reinvestida em contratações.
Especialistas apontam que o calendário comprimido pode gerar fadiga nos elencos, sobretudo para clubes que ainda disputam campeonatos nacionais. Carlos Eduardo Ferreira, analista da ESPN Brasil, destacou: "Treinadores precisarão rotacionar muito. quem conseguir equilibrar foco físico e tático tem vantagem definitiva".
Para os torcedores, a expectativa é alta: "É como se a América fosse um grande show. Cada partida tem a intensidade de final de campeonato", comentou o torcedor palmeirense João Pedro, que já comprou passagem para São Paulo.
Os confrontos caem exatamente nas últimas rodadas dos campeonatos estaduais e nas primeiras semanas do Brasileirão. Clubes como Palmeiras e Atlético‑MG terão que conciliar viagens internacionais com jogos decisivos em casa, o que pode levar a atletas em situação de cansaço. Treinadores tendem a fazer rotações estratégicas para minimizar riscos de lesão.
Palmeiras entra como favorito, graças à consistência sob Abel Ferreira e ao retorno de jogadores-chave como Dudu. Flamengo também tem força ofensiva, mas depende da capacidade de manter a defesa sólida contra Racing. LDU e Racing podem surpreender, mas historicamente equipes de fora do Brasil e da Argentina têm menos profundidade de elenco.
Além da prestígio de enfrentar os campeões europeus e asiáticos, a Intercontinental garante um prêmio financeiro superior a US$ 10 milhões, o que pode ser usado para reforços ou infraestrutura. O torneio também oferece exposição global, atraindo patrocinadores internacionais.
Assunção oferece clima frio e altitude moderada, fatores que podem favorecer times acostumados a jogar em altas altitudes, como Lanús. Além disso, a cidade tem estádio de alta capacidade, o que garante boa arrecadação de bilheteria e incentivo extra para os clubes finalistas.
Escrito por matheus frança
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