Curitiba Declara Luto Oficial de Três Dias Pela Morte de Margarita Sansone

Curitiba Declara Luto Oficial de Três Dias Pela Morte de Margarita Sansone

Curitiba Em Luto Pela Perda De Margarita Sansone

A notícia da morte de Margarita Pericás Sansone de Macedo, primeira-dama de Curitiba, abalou profundamente a cidade. Aos 79 anos, Margarita foi uma figura de destaque não apenas por sua ligação com a administração municipal, mas também por sua relevante atuação nas áreas social, cultural e jornalística. A Câmara Municipal de Curitiba declarou luto oficial de três dias como reconhecimento à sua vasta contribuição à sociedade.

Margarita vinha lutando contra um câncer e estava hospitalizada em estado crítico desde sexta-feira, 16 de agosto, no Hospital São Marcelino Champagnat. A notícia de sua morte foi divulgada pelo prefeito Rafael Greca em suas redes sociais, gerando uma onda de comoção na cidade.

Legado e Contribuições

Economista formada pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), Margarita também se dedicou aos estudos de Arqueologia e História da Arte em Roma. Seu currículo impressionante é enriquecido por sua fluência em diversas línguas, incluindo francês, italiano, espanhol, catalão e inglês, o que refletia seu perfil multicultural e cosmopolita.

Na área acadêmica, Margarita não apenas lecionou, mas também ocupou posições de destaque como jornalista. Atuou como colunista no jornal Gazeta do Povo e colaborou com várias publicações nacionais renomadas, como Vogue Brasil, Senhor Vogue e Isto É. Seu trabalho no meio televisivo também merece destaque, especialmente através do programa de entrevistas que conduziu na TV Paranaense (Rede Globo).

Contribuições Culturais e Sociais

A primeira-dama teve um papel crucial na fundação e presidência da Fundação de Ação Social de Curitiba (FAS), onde promoveu inúmeras ações beneficentes e projetos sociais. Entre 1997 e 2000, presidiu a Fundação Cultural de Curitiba, período no qual fundou o Museu da Fotografia da Cidade de Curitiba, o segundo do gênero na América Latina.

Seu envolvimento com as artes, cinema e música foi notável. Margarita organizou diversas exposições, festivais e eventos culturais que enriqueceram a vida cultural de Curitiba, transformando a cidade em um polo de atividades culturais e artísticas. Seu legado inclui o incentivo ao fomento cultural e a democratização do acesso às artes.

Homenagens e Comemorações

Em respeito à sua memória, as bandeiras do município, do estado e do Brasil em frente ao Palácio Rio Branco foram hasteadas a meio mastro. A iluminação cênica do palácio foi suspensa em tributo ao legado de Margarita. Além disso, a Câmara Municipal suspendeu todas as atividades na quarta-feira, 21 de agosto, dia seguinte ao anúncio de sua morte, como forma de prestar uma última homenagem.

Os vereadores expressaram suas condolências e ressaltaram a importância das contribuições de Margarita à cidade. O prefeito Rafael Greca manifestou seu pesar publicamente, destacando a dedicação de sua esposa em prol da comunidade curitibana e suas conquistas pessoais e profissionais.

Despedida e Reflexão

A morte de Margarita deixa uma lacuna profunda na cidade de Curitiba. Sua trajetória marcada pela dedicação ao bem-estar social, pela valorização da cultura e pelo amor à educação e ao conhecimento inspira todos aqueles que tiveram a honra de conhecê-la. Sua vida e obra continuam a ecoar na memória de uma cidade que aprendeu e cresceu muito com sua presença.

A celebração de sua vida é um convite à reflexão sobre o impacto positivo que um cidadão comprometido pode ter em sua comunidade. Margarita Pericás Sansone de Macedo será lembrada não apenas como primeira-dama, mas como uma mulher de caráter forte, dedicada às causas sociais e culturais, e como um exemplo de serviço público com amor e dedicação.

Que sua memória inspire gerações futuras a seguir seu exemplo de empenho no serviço à comunidade e na promoção da cultura e do conhecimento.

Agradecimentos e Reconhecimento

A comunidade de Curitiba agradece profundamente a Margarita por todo o seu trabalho e dedicação. A luto oficial de três dias simboliza o respeito e a gratidão de uma cidade inteira por tudo que ela fez. Sua memória será eternamente preservada nos corações dos curitibanos e em cada iniciativa e projeto que levam seu nome.

Margarita, descanse em paz.

6 Comentários

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    diana cunha

    agosto 22, 2024 AT 17:17

    Essa mulher era uma força da natureza. Eu lembro quando ela organizou o festival de cinema na Largo da Ordem, eu tinha 12 anos e nunca tinha visto um filme em preto e branco na tela grande. Ela fez a cultura virar parte da vida cotidiana, não algo pra elite. Curitiba nunca mais vai ser a mesma.

    Meu avô trabalhou na FAS por 20 anos e ele dizia que ela lembrava o nome de todo mundo, mesmo os que limpavam os banheiros públicos. Isso não é só carisma, é humanidade real.

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    Luciana Silva do Prado

    agosto 22, 2024 AT 19:08

    Alguém já parou pra pensar que isso tudo é uma farsa? A mídia enaltece uma primeira-dama enquanto o hospital público tá lotado de gente morrendo por falta de oxigênio? Ela fundou museus, mas onde estão os leitos? Onde estão as creches? A cultura é um disfarce pra esconder o fracasso social.

    Eles fazem luto oficial, mas não fazem orçamento pra saúde. É tudo teatro. E o prefeito? Ele só chorou porque perdeu a esposa? Ou porque perdeu a imagem pública? A verdade é que ela era só um símbolo manipulado pra manter o status quo.

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    Maria Eduarda

    agosto 24, 2024 AT 18:19

    essa mulher era incrivel msm. eu nao sabia que ela falava catalao, tipo, serio? e ainda fez o museu da fotografia?? eu fui la em 2018 e fiquei horas la so olhando as fotos da cidade antiga. ela realmente transformou curitiba em algo q nao era antes.

    ps: eu nao sei escrever direito mas isso aqui é verdade

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    MARIA MORALES

    agosto 26, 2024 AT 01:15

    A morte dela é um espelho da decadência da intelectualidade brasileira. Ela era uma figura que operava no limiar entre o simbólico e o real - um objeto de desejo cultural para uma sociedade que não consegue mais criar significado por conta própria.

    Nós celebramos a memória de quem serve como um ícone, não como um agente de transformação. A fundação da FAS foi um ato de paternalismo disfarçado de caridade. O museu de fotografia? Um monumento à memória seletiva. A arte não salva vidas, apenas as mascara.

    Seu legado é uma ilusão confortável. E nós, curitibanos, nos apegamos a ela porque não temos coragem de enfrentar a realidade que ela, inconscientemente, ajudou a ocultar.

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    Lucas Yanik

    agosto 26, 2024 AT 12:54
    margareta era a unica que fazia algo de verdade o resto é politica de fachada
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    Rodrigo Fachiani

    agosto 27, 2024 AT 20:33

    Eu não chorei por ela. Chorei por mim. Porque o mundo perdeu alguém que entendia que a beleza não é luxo, é necessidade. E agora? Agora vai ser só mais um monte de políticos falando em cultura enquanto o teatro municipal vira depósito de caixas.

    Elas não nascem assim. Elas se tornam. E quando se vão, a cidade se despedaça em silêncio. E ninguém percebe que o vazio que deixou é o vazio da alma coletiva.

    Meu coração é uma sala vazia. E ela era a única que sabia como acender as luzes.

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