Segundo analistas, o mercado de sorvete no Brasil movimentou cerca de US$ 1,4 bilhão em 2024, com estimativas que variam até US$ 2,39 bilhões dependendo da fonte. As previsões apontam um valor entre US$ 2,1 e US$ 3,61 bilhões no início da década de 2030, o que representa um CAGR de 4,2% a 4,6% ao ano. Esse ritmo é alimentado por três vetores principais: aumento da renda disponível, expansão urbana e fortalecimento da infraestrutura de varejo.
Supermercados, conveniências e plataformas de comércio eletrônico ampliaram o acesso ao sorvete em todas as regiões, especialmente em São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Bahia e Rio Grande do Sul. A presença de canais off‑trade, como hipermercados, domina as vendas, mas as lojas de conveniência e o comércio online vêm ganhando parcela relevante, impulsionando a conveniência para o consumidor.
O setor também tem se destacado como exportador. Dados de comércio externo mostram exportações mensais superiores a US$ 3 milhões para destinos como Estados Unidos, Emirados Árabes, Japão, Paraguai e Chile. Simultaneamente, o Brasil importa produtos especializados de países como Argentina, Polônia, França, Coreia do Sul e Itália, enriquecendo ainda mais a oferta local.
Os consumidores brasileiros mostram crescente afinidade por sabores que refletem a biodiversidade nacional. Açaí, cupuaçu, maracujá e jabuticaba estão entre os preferidos, criando uma identidade única para o sorvete local. Essa valorização dos frutos regionais convive com a demanda tradicional por baunilha, chocolate e frutas clássicas.
Ao mesmo tempo, as marcas têm investido em formatos diferenciados: bites congelados, picolés de palito, sobremesas híbridas que misturam sorvete e confeitaria, além de linhas premium e artesanais que cobram preços mais altos por texturas inovadoras e ingredientes de alta qualidade.
O segmento de saúde também ganhou força. Formulações com baixo teor de açúcar, opções veganas à base de leite de coco ou amêndoas e produtos com ingredientes naturais atendem ao público preocupado com a saúde e à crescente incidência de intolerância à lactose.
Inovações de embalagens acompanham essa evolução. Potes individuais, sachês de porção única, kits multissabor e soluções que prolongam a vida útil do produto surgiram para melhorar a experiência de compra, especialmente em períodos de alta sazonalidade.
Com o panorama econômico favorável e uma população jovem que busca novidades, os especialistas acreditam que o mercado de sorvete no Brasil continuará a se expandir nos próximos anos, consolidando-se como um dos mais dinâmicos da América Latina.
Escrito por matheus frança
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