O embate entre Palmeiras e Fortaleza na noite de sábado, no Allianz Parque, prometia ser eletrizante desde o início. Com ambas as equipes lutando por posições importantes no Brasileirão, o empate em 2 a 2 acabou não refletindo toda a intensidade que foi vista dentro de campo. Sob a batuta do árbitro Ramon Abatti Abel, duas marcações de pênalti para o Palmeiras geraram discussões fervorosas entre torcedores e analistas esportivos.
Aos 24 minutos do primeiro tempo, o atacante Flaco López do Palmeiras foi interceptado de maneira imprudente por Tite, defensor do Fortaleza. Neste momento, o juiz de campo não hesitou em apitar pênalti a favor do time da casa. A decisão, apoiada pela especialista em arbitragem Nadine Bastos, não contou com a intervenção do VAR, um ponto que poderia ter engrossado o caldo da polêmica se houvesse discordância entre as equipes técnicas.
Nadine Bastos, sempre atenta e crítica em suas análises, foi categórica ao apoiar a marcação. Segundo ela, a jogada de Tite foi "imprudente" e adequada para a marcação de penalidade máxima. Em suas palavras, este tipo de ação é um claro exemplo de conduta antidesportiva que, embora talvez não intencional, se encaixa nas regras para sanção dentro da grande área.
Já no segundo tempo, um outro momento chamou atenção no Allianz Parque. Yago Pikachu, ao posicionar-se para bloquear um cruzamento, acabou tocando com a mão na bola dentro da área, o que não havia sido inicialmente observado pelo árbitro. Porém, o VAR entrou em cena, e após uma revisão no vídeo, Ramon Abatti Abel assinalou o segundo pênalti para o Palmeiras, novamente corroborado por Nadine Bastos.
Nadine explicou que Pikachu ampliou a zona de contato de forma que ganhou dimensão a jogada. O uso das tecnologias disponíveis no futebol, como o VAR, muitas vezes é criticado por causar interrupções e quebras no ritmo da partida, mas é inegável sua importância em amenizar os "equívocos" que juízes podem cometer em campo. A realidade é que com a aplicação do VAR, a decisão se tornou mais robusta frente às várias câmeras disponíveis.
Ambos os pênaltis foram convertidos por Rafael Veiga e Estevão, respectivamente, o que permitiu ao Palmeiras alcançar o empate no placar final de 2 a 2. Inicialmente, esse resultado temporariamente colocou o Palmeiras na liderança da Série A, aguardando o desfecho do confronto entre Botafogo e RB Bragantino no mesmo dia.
O impacto dessas decisões vai além de apenas um jogo. Elas são peça de um quebra-cabeça maior do Campeonato Brasileiro. Cada ponto conquistado ou perdido pode decidir a sorte final das equipes, especialmente com a disputa pela liderança tão acirrada nesta temporada. Palmeiras, lutando firme por cada ponto, demonstra uma resiliência que será vital nas rodadas finais do campeonato.
À medida que o campeonato avança, as equipes deverão manter a disciplina e o foco. O uso justo e preciso do VAR continuará a ser um ponto de debate entre clubes e torcedores, pois, em situações controversas como essas, o consenso entre especialistas é crucial. O jogo entre Palmeiras e Fortaleza é um exemplo perfeito de como as decisões de arbitragem são de intensa complexidade e como afetam diretamente o equilíbrio em campeonatos competitivos.
Escrito por Thiago Neves
Ver todas as postagens de: Thiago Neves