Quatis recebe Conexão Globoplay neste sábado com atividades gratuitas e incentivo à inclusão digital

Quatis recebe Conexão Globoplay neste sábado com atividades gratuitas e incentivo à inclusão digital

Na manhã de sábado, 1º de novembro de 2025, a pequena cidade de Quatis, no interior do Rio de Janeiro, vai se transformar num ponto de conexão entre tecnologia e comunidade. Das 9h às 13h, a Praça Dr. Teixeira Brandão receberá o projeto Conexão Globoplay, a 20ª parada de uma turnê que já percorreu 19 municípios da área de cobertura da TV Rio Sul, afiliada da Rede Globo. O objetivo? Quebrar barreiras. Não só de sinal de internet, mas de acesso à cultura, ao entretenimento e à capacitação digital — algo que ainda está fora do alcance de mais de 30% das famílias em cidades de médio porte, segundo dados do IBGE.

Um projeto que vai além do streaming

O Conexão Globoplay não é só um stand de inscrição para o app. É uma feira de cultura, educação e lazer. Os moradores de Quatis poderão experimentar na prática como acessar o Globoplay em smartphones, tablets e smart TVs, com orientação personalizada dentro de uma tenda interativa. Quem baixar o aplicativo e se cadastrar no local leva um presente exclusivo — canecas, chaveiros e kits com conteúdos offline de programas da TV Rio Sul. Mas o que torna o evento verdadeiramente único é a parceria com a FeiArte, feira de artesanato e gastronomia local que traz produtos de pequenos produtores da região: queijos artesanais, doces de frutas tropicais, peças de cerâmica e bordados feitos à mão.

E tem mais: o público vai curtir uma apresentação ao vivo do grupo musical Zero Bala, conhecido por mesclar rock, samba e eletrônica com letras que refletem a realidade das periferias. "É um momento de celebração", diz Camila Ferreira, representante da TV Rio Sul. "Nós não queremos só vender um serviço. Queremos mostrar que a tecnologia pode ser acolhedora, acessível e, acima de tudo, útil. Muita gente ainda acha que streaming é coisa de cidade grande. Aqui, vamos provar o contrário.""

Do passo a passo à produção de conteúdo

O projeto, que começou em setembro de 2024, já passou por Mendes, Três Rios e Paty do Alferes. Mas a partir de agora, ele ganha uma nova camada: oficinas de produção. Em cada cidade, além de ensinar a assistir, o Conexão Globoplay passa a ensinar a criar. Em Engenheiro Paulo de Frontin, no dia 1º de novembro, e em Silva Jardim, em 8 de novembro, os participantes poderão fazer workshops de edição de vídeo, produção de podcast e jornalismo cidadão. "A ideia é transformar o espectador em autor", explica Camila. "Se alguém gravou um vídeo da feira de hoje, por que não postar? Se alguém tem uma história de vida interessante, por que não contar?""

Essa mudança de paradigma é essencial. Enquanto o IBGE aponta que 32% das famílias em cidades como Quatis não têm acesso a plataformas de streaming — por falta de conhecimento, medo da tecnologia ou até por desconfiança — o projeto responde com empatia, não com publicidade. "Não é um lance de marketing. É um pacto com a comunidade", diz um técnico de TI que trabalha na logística do projeto e prefere não se identificar. "Nós não vamos embora depois do sábado. Temos um canal aberto no WhatsApp para tirar dúvidas. E vamos voltar. Em dezembro, a gente faz um grande encontro com todos os municípios.""

Um calendário que une o interior do Rio

A TV Rio Sul tem 24 municípios em sua área de cobertura, e todos serão visitados até o dia 1º de dezembro de 2025, data em que a emissora completa 35 anos de transmissão. Até então, os próximos destinos já estão confirmados: Engenheiro Paulo de Frontin (1º/11), Silva Jardim (8/11), e depois Rio Claro, Levy Gasparian e Paracambi. Cada parada tem um calendário próprio, sempre alinhado a eventos locais — como a Educart em Mendes ou a FeiArte em Quatis — para garantir maior fluxo e relevância.

Os resultados já começam a aparecer. Em Três Rios, mais de 1.200 pessoas se cadastraram no Globoplay no dia do evento. Em Mendes, o número de acessos à programação local da TV Rio Sul subiu 78% nas duas semanas seguintes. "Isso é o que importa", diz Camila. "Não são números de inscrição. São vidas que passaram a ver o mundo de outro jeito. Uma mãe que descobre que pode assistir ao programa da filha na escola. Um idoso que vê um documentário sobre a história da cidade. Isso é transformação real."" Por que isso importa para o Brasil

Por que isso importa para o Brasil

O Conexão Globoplay é mais que um projeto de uma emissora regional. É um modelo replicável. Enquanto o país discute a digitalização de serviços públicos, a exclusão cultural permanece invisível. As pessoas não são apenas "sem acesso" — são desconectadas de narrativas que as representam. O interior do Rio de Janeiro, com suas cidades de 30 a 80 mil habitantes, vive uma dualidade: tem internet, mas não sabe como usá-la para se conectar à cultura. O projeto deixa claro que a inclusão digital não começa com cabo ou fibra ótica. Ela começa com alguém que se senta ao lado de você, mostra o botão "play" e diz: "Você também merece isso.""

Frequently Asked Questions

Quem pode participar do Conexão Globoplay em Quatis?

Qualquer pessoa, de qualquer idade, pode participar. O evento é gratuito e aberto ao público. Crianças, idosos, famílias inteiras — todos são bem-vindos. Não é necessário ter conta no Globoplay para comparecer. Basta ir até a praça, participar das atividades e, se quiser, se cadastrar no local para ganhar brindes exclusivos.

O que é preciso levar para se cadastrar no Globoplay no evento?

Nada, além de um dispositivo com acesso à internet — celular, tablet ou até um computador. Os técnicos da TV Rio Sul vão ajudar a baixar o app, criar a conta e configurar o acesso. Se você já tiver um celular, é só isso. Não é preciso ter cartão de crédito, nem assinatura paga. O Globoplay oferece mais de 2.000 títulos gratuitos, incluindo novelas, documentários e programas da TV Rio Sul.

O projeto vai continuar após dezembro de 2025?

Ainda não há confirmação oficial, mas a TV Rio Sul já sinalizou que o modelo será mantido. O sucesso nas cidades visitadas — com aumento de engajamento e demanda por oficinas — indica que o projeto pode se tornar permanente. A meta agora é criar um "Calendário de Conexão" anual, com novas edições em diferentes regiões, ampliando o foco para educação em mídia e produção local.

Como a FeiArte se relaciona com o Conexão Globoplay?

A FeiArte é parte essencial da experiência. O projeto entende que cultura não é só streaming — é também o que se produz localmente. Ao unir artesãos e produtores rurais ao evento, ele valoriza a economia criativa da região. Além disso, os produtos da feira são filmados e podem ser apresentados nos programas da TV Rio Sul, dando visibilidade a pequenos empreendedores que nunca apareceram na televisão.

Por que o IBGE é citado nesse projeto?

O IBGE é a fonte oficial que comprova a desigualdade no acesso ao streaming. Segundo sua Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), 32% das famílias em cidades de médio porte no Brasil não usam plataformas digitais de entretenimento — não por falta de interesse, mas por desconhecimento ou barreiras de uso. O Conexão Globoplay foi criado exatamente para enfrentar esse dado, não para ignorá-lo.

Onde posso ver a programação completa da turnê do Conexão Globoplay?

A programação oficial está disponível no site da TV Rio Sul (tvriosul.com.br) e na página do Globoplay na seção "RJ". Também são atualizadas nas redes sociais da emissora, especialmente no Instagram e Facebook, onde são postadas fotos e vídeos de cada parada. Quem quiser, pode sugerir cidades para a próxima visita por meio de um formulário online disponível no site.

8 Comentários

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    Juliana Ju Vilela

    outubro 31, 2025 AT 23:40

    Essa iniciativa é o tipo de coisa que a gente sonha ver mais vezes! Ninguém precisa ser expert em tecnologia pra merecer acessar histórias, música e cultura. Foi emocionante ver a FeiArte junto com o Globoplay - é isso que faz diferença, unir o local com o digital.

    Minha tia de 72 anos foi ontem e voltou com a caneca e um monte de dúvidas resolvidas. Ela agora assiste o programa da escola da neta toda semana. Isso aqui não é marketing, é afeto.

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    Jailma Andrade

    novembro 1, 2025 AT 12:52

    Quatis é uma cidade pequena, mas tem alma. O Conexão Globoplay não veio só com app e brinde - veio com respeito. Muitos acreditam que digital é só para quem mora em São Paulo ou Rio, mas aqui, na nossa praça, a gente provou o contrário.

    Artistas locais que nunca entraram na TV agora têm seus produtos sendo mostrados nos programas da TV Rio Sul. Isso é inclusão real, não só de sinal, mas de voz.

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    Leandro Fialho

    novembro 1, 2025 AT 21:17

    Zero Bala tocando ao vivo com samba e eletrônica? Meu Deus, isso é o que o interior precisa. Ninguém tá pedindo um festival internacional, só que alguém se importe o suficiente pra trazer o mundo até a gente.

    Quem tá no evento tá vendo que streaming não é só Netflix. É a história da sua mãe, o que seu tio fez com as mãos, o cheiro do doce de goiaba que a gente cresceu comendo. É tudo junto. E isso é lindo.

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    Eduardo Mallmann

    novembro 3, 2025 AT 17:03

    Essa narrativa de inclusão digital é profundamente ideológica. A tecnologia não é um direito, é uma ferramenta. O problema não é o acesso ao Globoplay, é a falta de alfabetização funcional. A TV Rio Sul está mascarando uma falha educacional com brindes e tendas.

    Se quiserem verdadeira inclusão, invistam em escolas, não em canecas. Mas claro, isso não vende na mídia.

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    Timothy Gill

    novembro 5, 2025 AT 08:51

    Se o IBGE diz que 32% das famílias não usam streaming é porque elas não querem. Não é falta de sinal, é falta de interesse. O projeto é bonitinho mas é paternalista. As pessoas não são burras, só não têm o mesmo gosto que a elite cultural de São Paulo.

    Deixe elas em paz. O mundo não precisa ser conectado. Só precisa ser respeitado.

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    David Costa

    novembro 5, 2025 AT 21:58

    Quando penso no Conexão Globoplay, penso em um novo tipo de humanismo digital. Não é apenas sobre baixar um app ou assistir a um documentário. É sobre restabelecer a relação entre o indivíduo e a sua própria narrativa. A FeiArte, por exemplo, não é só um mercado - é um ato de resistência cultural. Cada bordado, cada queijo, cada música tocada ao vivo é um ato de memória coletiva. E quando essas vozes são captadas, editadas, transmitidas, elas deixam de ser locais e se tornam patrimônio. Isso é revolucionário. Não porque é tecnológico, mas porque é humano. A TV Rio Sul entendeu algo que as grandes plataformas nunca entenderam: que a conexão não é de banda larga, é de alma.

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    Willian de Andrade

    novembro 7, 2025 AT 10:33

    achei massa esse negocio da feiar te e o globoplay juntos. minha vó foi e voltou com um chaveiro e um monte de video no celular q ela nem sabia q existia. agora ela assiste o programa da igreja toda semana. nem precisava de tanta teoria, só umas pessoas boas sentando ao lado e dizendo 'você consegue'.

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    Thiago Silva

    novembro 7, 2025 AT 10:43

    Isso aqui é o que o Brasil precisa. Não é só sobre internet. É sobre alguém se importar. Eu fui em Três Rios e vi um cara de 65 anos chorando porque viu um documentário sobre a cidade dele. Nunca tinha visto nada da sua própria história na TV.

    Essa galera da TV Rio Sul tá fazendo algo que nenhuma empresa grande faria. Eles não estão vendendo. Eles estão construindo pontes. E isso é raro. Parabéns pra todos que fizeram isso acontecer.

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