Em um duelo carregado de tensão, Racing Club superou o Vélez Sarsfield por 1 a 0 e garantiu, assim, a vaga nas semifinais da Copa Libertadores. A vitória, conquistada no estádio de Avellaneda, veio graças ao gol de Santiago Solari aos 82 minutos, que quebrou o impasse e selou um placar agregado de 2 a 0. O resultado coloca o time argentino frente a frente com o Flamengo, gigante brasileiro, na próxima fase da competição.
O confronto contra o Vélez Sarsfield não foi simples. No primeiro jogo, em Mendoza, Racing saiu na frente com um gol precoce, mas o Vélez reteve a esperança, pressionando intensamente nos minutos finais. Na partida de volta, o técnico do Racing apostou em uma postura defensiva organizada, permitindo que seu meio‑campo controlasse o ritmo e evitasse contra‑ataques perigosos.
O arquétipo de jogo da equipe de Avellaneda girou em torno da disciplina tática. O volante Matías Suárez foi responsável por fechar os espaços entre a defesa e o ataque, enquanto o lateral direito, Pablo, fez duas incursões que quase culminaram em gols. Por outro lado, o goleiro de Vélez, Cambeses, brilhou com defesas cruciais, mantendo o placar em 0 a 0 até quase o fim da partida.
A decisão mais controversa surgiu aos 68 minutos, quando o atacante do Vélez, Lucas, parece ter encontrado a rede após um cruzamento na área. O árbitro consultou o VAR, que anulou o gol alegando impedimento na linha de fundo. O protesto dos jogadores e a revolta da torcida fizeram da partida um dos debates mais acalorados da edição.
Com a classificação garantida, a diretoria do Racing exaltou a campanha como a melhor dos últimos anos, destacando a consistência defensiva e a eficiência nos contra‑ataques. Para os torcedores, a chegada às semifinais alimenta a esperança de um título continental que não acontece desde a década de 1960.
O duelo com o Flamengo promete ser um dos confrontos mais esperados da Libertadores. O clube carioca chega ao duelo com um estilo ofensivo, baseado em transição rápida e forte presença de jogadores como Gabriel Barbosa (Gabigol) e Arrascaeta. Já o Racing aposta na solidez defensiva e na capacidade de explorar os espaços deixados pelos laterais do adversário.
As duas partidas estão marcadas para 22 e 29 de outubro. No primeiro encontro, em Buenos Aires, o Racing terá o apoio da casa, o que pode ser decisivo diante de uma torcida conhecida por sua paixão. O segundo jogo será no Rio de Janeiro, e o Flamengo certamente jogará com a pressão da torcida e a necessidade de reverter um eventual resultado desfavorável.
Analistas destacam a importância do meio‑campo. O volante argentino, Facundo, deve ser a peça-chave na ligação entre defesa e ataque, enquanto o volante brasileiro de Flamengo, Gerson, controlará o ritmo da partida. Além disso, a disputa pelos pênaltis pode ser decisiva, já que ambas as equipes têm artilheiros experientes.
Quanto ao aspecto técnico, o árbitro ainda gera discussões. Após a controvérsia de VAR contra o Vélez, o elenco do Racing pretende buscar clareza nas decisões e evitar que lances duvidosos prejudiquem a evolução da partida. O Flamengo, por sua vez, tem sido alvo de críticas por decisões que favorecem o clube na fase de mata‑mata, o que pode gerar ainda mais tensão.
Se o Racing continuar a mesma postura defensiva e aproveitar as oportunidades de contra‑ataque, tem boas chances de surpreender o Flamengo, que, apesar da qualidade do elenco, tem mostrado vulnerabilidade em jogos fechados. Por outro lado, se o Flamengo impor seu ritmo e dominar a posse, o Racing terá de buscar o empate fora de casa para levar a disputa para os pênaltis.
O cenário está pronto para um clássico sul‑americano que pode definir o futuro de duas equipes com história rica nas competições internacionais. Torcedores de ambos os lados já começaram a viajar, garantindo que a atmosfera dos estádios será eletrizante. Enquanto isso, o Racing continua se preparando, reforçando a defesa e estudando os padrões de jogo do adversário, na esperança de escrever um novo capítulo na história da Libertadores.
Escrito por matheus frança
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