Pode acreditar: mesmo disputando a Série D do Brasileirão, o Santa Cruz está desbancando clubes tradicionais das divisões de cima quando o assunto é média de público em 2025. Enquanto muitos grandes times sonham em ver seus estádios cheios, o Arruda tem mostrado força: 23.382 pessoas, em média, marcam presença em cada jogo do Santa. Só em casa, foram 210.441 torcedores ao longo de nove partidas, um número impossível de ignorar.
Para ter ideia do feito, esse número deixa para trás Grêmio, Ceará, Fortaleza e até Botafogo. O Grêmio, por exemplo, aparece com média de 23.274, um pouco abaixo do Santa. Já Ceará e Fortaleza vêm ainda mais atrás, com 21.535 e 20.955 respectivamente, enquanto o Botafogo soma apenas 12.506. Dentro da própria Série D, ninguém chega perto: o América-RN, segundo colocado no ranking da divisão, tem apenas 6.612 torcedores por partida. O Santa Cruz também é o único clube fora da Série B a aparecer entre as 20 maiores médias de público do futebol nacional.
A paixão do torcedor tricolor é antiga, mas impressiona como ela se mantém viva mesmo nos momentos mais desafiadores. O Santa lidera o Grupo A3 da Série D com 19 pontos em sete jogos — são seis vitórias e um empate, mostrando consistência não só nas arquibancadas, mas também dentro de campo. O ataque marcou 13 gols e a defesa sofreu apenas três, prova de um time equilibrado, embalado pelo apoio incondicional vindo das cadeiras do Arruda.
Na disputa local, o Santa Cruz só perde para o Bahia em média de público no Nordeste: os baianos reúnem 33.165 pessoas por partida, mas o clube pernambucano se destaca com folga no cenário regional. Todo esse movimento nos portões reforça como a cultura do futebol nordestino é feita de tradição e, principalmente, entrega da torcida, independente da fase ou da divisão.
Os planos da diretoria tricolor estão em alta. A liderança da Série D anima o clube para buscar o acesso à Série C. Além disso, já há conversas sobre possíveis investimentos para a temporada de 2026, tentando garantir maior estrutura e outros bons momentos ao clube e sua torcida gigante.
Ver o Arruda pulsando, jogo após jogo, é mais que uma tradição: é um recado de que a força dos clubes históricos vai muito além do que mostram as tabelas e divisões. No Santa Cruz, a torcida faz parte da identidade do clube e, em 2025, segue mostrando ao Brasil quem leva Santa Cruz no coração não liga para categoria — só quer ver o time vibrar em campo.
Escrito por matheus frança
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