Abuso de poder econômico: o que é e por que você deve ficar atento

Quando uma empresa usa seu tamanho ou sua grana para dominar o mercado, ela pode estar cometendo abuso de poder econômico. Na prática, isso significa impedir que concorrentes entrem, forçar preços baixos demais ou fechar acordos que deixam o consumidor na mão. Essa prática não só atrapalha a competição saudável, mas também pode elevar os preços e reduzir a qualidade dos produtos.

Como o abuso de poder econômico se manifesta nas empresas

Existem três formas bem comuns de ver esse abuso acontecendo. Primeiro, a exclusão de concorrentes: a empresa grande impõe condições que impossibilitam que pequenas façam negócios, como exigir exclusividade de distribuidores. Segundo, o preço predatório: a corporação vende abaixo do custo para expulsar rivais do mercado, só para subir o preço depois que a concorrência sai. Por fim, o acordo de exclusividade, onde duas ou mais empresas combinam para dividir o território ou definir quem pode vender o que, deixando o consumidor sem opções.

Esses comportamentos costumam ser detectados quando há queda abrupta de concorrentes, reclamações de pequenos empresários ou mudanças bruscas nos preços de produtos populares. Se você percebe que uma marca sempre aparece nos mesmos pontos de venda e impede outras de chegar, pode ser um sinal de abuso.

Como denunciar e o papel do CADE

O órgão que cuida desse assunto no Brasil é o CADE – Conselho Administrativo de Defesa Econômica. Ele recebe denúncias de consumidores, concorrentes ou até de funcionários da própria empresa. A denúncia pode ser feita pelo site do CADE, por telefone ou e‑mail, e o processo é sigiloso para proteger quem denuncia.

Depois de receber a denúncia, o CADE abre uma investigação preliminar. Se houver indícios fortes, ele lança uma investigação formal e pode pedir documentos, convocar representantes e até aplicar multas que chegam a até 20% do faturamento da empresa. Em casos graves, pode haver a divisão da empresa para restaurar a competição.

Para quem quer ajudar, o melhor caminho é reunir provas: contratos, e‑mails, notas fiscais ou depoimentos de quem sofreu o abuso. Quanto mais detalhes, mais fácil será para o CADE analisar e agir.

Em resumo, o abuso de poder econômico quebra as regras do jogo justo e pode prejudicar a gente que compra e trabalha. Ficar de olho nos sinais, saber como denunciar e entender o papel do CADE são passos essenciais para manter o mercado saudável. Se você suspeita de alguma prática, não deixe de procurar o CADE e contribuir para um comércio mais justo para todos.

Ministério Público Eleitoral pede suspensão de candidatura de Pablo Marçal por abuso de poder econômico

Ministério Público Eleitoral pede suspensão de candidatura de Pablo Marçal por abuso de poder econômico

O Ministério Público Eleitoral (MPE) entrou com uma ação contra a candidatura de Pablo Marçal à prefeitura de São Paulo, solicitando a suspensão do registro. A medida ocorre em meio a alegações de financiamento indevido de influenciadores digitais e apoiadores para divulgação de propaganda eleitoral. Se confirmadas, as ações podem desequilibrar o processo eleitoral.

Leia Mais