Divórcio: o que fazer e como se organizar

Separar-se pode parecer um peso enorme, mas dividir o processo em etapas simples deixa tudo mais manejável. Primeiro, identifique se o divórcio será consensual ou litigioso. No consenso, ambos concordam sobre guarda, pensão e partilha; já no litigioso, cada parte defende seus interesses e o juiz decide.

Reúna documentos essenciais: certidão de casamento, RG e CPF de ambos, comprovantes de renda, extratos bancários, escritura de imóveis e documentos de veículos. Essa papelada vai acelerar a fase de partilha e evitar surpresas.

Guarda e visitação de filhos

Quando há crianças, a prioridade é o bem‑estar delas. A guarda pode ser unilateral (um dos pais) ou compartilhada (ambos). Avalie a rotina, disponibilidade e vínculo afetivo de cada um. Se a guarda for compartilhada, combine um calendário de visitas que inclua férias, datas comemorativas e períodos escolares. Lembre‑se de registrar tudo em acordo escrito ou na decisão judicial para evitar discussões futuras.

A pensão alimentícia segue a capacidade de pagamento do responsável e as necessidades dos filhos. Use a tabela da justiça ou consulte um advogado para calcular um valor justo. O pagamento pode ser mensal, direto ao outro genitor ou via depósito bancário.

Partilha de bens e dívidas

A divisão do patrimônio depende do regime de casamento. No comunhão parcial, tudo adquirido durante a união se divide 50/50; no regime de separação, cada um fica com o que está em seu nome. Avalie imóveis, carros, contas conjuntas e investimentos. Para bens indivisíveis, como a casa da família, considere vender e dividir o lucro ou definir quem fica com o bem e compensa o outro financeiramente.

Não esqueça das dívidas. Se o casal tem empréstimos ou cartões de crédito em conjunto, a responsabilidade também se divide. Negocie com o banco para regularizar o pagamento e evitar que uma dívida pese só em um dos lados.

Um bom passo é buscar mediação ou conciliação. Esses serviços, oferecidos pelos tribunais, ajudam a encontrar soluções sem brigar muito, economizando tempo e dinheiro.

Depois de fechar o acordo, é hora de registrar o divórcio no cartório (se consensual) ou aguardar a sentença judicial (se litigioso). O registro oficial garante que os documentos estejam válidos e que ambos possam refazer a vida sem entraves.

Por fim, cuide da sua saúde emocional. Converse com amigos, procure terapia ou grupos de apoio. O divórcio pode ser um recomeço, e ter um suporte ajuda a enxergar novas possibilidades.

Com organização e informação, o processo de divórcio perde a sensação de caos e se torna apenas mais um capítulo da sua história. Se precisar de ajuda profissional, não hesite em consultar um advogado especializado em família.