Eleições na Venezuela: tudo o que você precisa saber
Se você acompanha a política latino‑americana, já deve ter ouvido falar das próximas eleições na Venezuela. O país vive um momento de muita tensão e expectativa, e entender como tudo funciona pode evitar confusão na hora de acompanhar os resultados.
Calendário e principais datas
O calendário oficial foi divulgado pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE). As eleições gerais estão marcadas para 15 de novembro de 2025. Nessa data, os eleitores votam no presidente, na Assembleia Nacional e em governadores de estado. A campanha começou oficialmente em 1º de setembro, permitindo que candidatos apresentem suas propostas em debates, rádios e redes sociais.
Se houver segundo turno para a presidência, ele deve acontecer em 30 de novembro. Fique de olho nas datas de registro de candidaturas – o prazo final foi 10 de julho – e nas sessões de votação antecipada, que costumam acontecer nas duas semanas que antecedem o dia da eleição.
Quem são os principais candidatos?
A corrida presidencial tem duas frentes bem definidas. Do lado do governo, o candidato oficial do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) é Danilo Soto, que recebeu apoio direto de Nicolás Maduro. Já a oposição está unida por um pacto chamado “Mão‑Unida”, e o front mais forte é liderado por Juan Guaidó, que volta a se apresentar como candidato de coalizão.
Além desses nomes, há representantes de partidos menores, como o Movimento Unidade Popular (MUP) e a Frente Amplamente Democrática (FAD). Cada candidato tem sua plataforma: o governo aposta em continuidade de políticas sociais, enquanto a oposição foca em reformas econômicas, combate à inflação e liberação de presos políticos.
Como funciona o voto na Venezuela?
O voto é eletrônico e feito em urnas digitais, mas há relatos de falhas técnicas em algumas regiões. Para evitar problemas, o CNE recomenda que os eleitores chequem se o número do título de eleitor está correto antes de inserir a cédula. O voto é obrigatório, mas a taxa de comparecimento costuma ficar abaixo de 70 % por causa do clima de insegurança.
Os eleitores que moram no exterior podem registrar o voto em consulados ou em postos de voto temporários instalados em cidades como Miami e Lisboa. O processo exige comprovação de identidade e documento de residência fora da Venezuela.
Por que as eleições venezuelanas importam para o Brasil?
Além de ser um caso emblemático de democracia em risco, a Venezuela tem forte vínculo econômico com o Brasil. A receita de petróleo e as remessas de migrantes afetam diretamente o comércio fronteiriço. Mudanças no governo podem trazer novas políticas de fronteira, ajustes nas tarifas de energia e até alterações nas rotas de migração.
Para quem tem familiares na Venezuela ou tem negócios que dependem de importação de bens, acompanhar os resultados é essencial. A imprensa brasileira costuma oferecer cobertura em tempo real, então marcar alertas nos aplicativos de notícias pode ser uma boa estratégia.
Como acompanhar os resultados ao vivo
Os principais canais de TV, como GloboNews e Band, transmitem a apuração em tempo real. Plataformas digitais como o Twitter e o Telegram também têm contas oficiais do CNE que postam número de votos por estado a cada minuto. Se preferir análises mais detalhadas, sites como o "EleicoesVenezuela.com" oferecem gráficos interativos e comparativos de tendência.
Não esqueça de checar a data de atualização dos números – alguns sites atrasam algumas horas. A melhor forma de garantir informações corretas é cruzar duas ou três fontes confiáveis.
Com essas informações, você está pronto para entender o cenário, reconhecer os principais players e acompanhar os desdobramentos das eleições na Venezuela de maneira clara e prática. Boa leitura e fique ligado!

Partidos Brasileiros Reagem à Polêmica Vitória de Maduro na Venezuela
Os partidos políticos brasileiros reagiram à polêmica eleição na Venezuela, onde o presidente Nicolás Maduro foi declarado vencedor apesar das alegações de fraude. O PT parabenizou o povo venezuelano, enquanto partidos de oposição como MDB e União Brasil pediram transparência nos resultados. O partido Novo comparou o regime de Maduro a uma ditadura, enquanto o PP criticou Lula por não condenar as ações de Maduro.
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