Politraumatismo: o que é, como acontece e o que fazer
Imagine sair de um acidente de carro e levar mais de um trauma ao mesmo tempo: fratura na perna, contusão no peito e lesão na cabeça. Isso é politraumatismo, um conjunto de lesões graves que afetam diferentes partes do corpo de forma simultânea. Quando isso ocorre, cada ferimento pode ser perigoso sozinho, mas juntos eles complicam ainda mais o diagnóstico e o tratamento.
O termo costuma aparecer em hospitais de emergência, equipes de resgate e na mídia quando há grandes acidentes, quedas de altura ou explosões. O que diferencia o politraumatismo de uma simples lesão é a combinação de ferimentos que exigem atenção simultânea. Por isso, a prioridade é sempre estabilizar o paciente antes de tratar cada problema individualmente.
Sinais de alerta e primeiros passos
Se você ou alguém ao seu redor estiver em situação de risco, fique atento a alguns sinais:
- Perda de consciência ou confusão mental;
- Dificuldade para respirar ou respiração acelerada;
- Sangramento intenso ou hematomas extensos;
- Dor aguda em mais de um ponto do corpo;
- Incapacidade de mover membros.
Chame o SAMU imediatamente e, se possível, ajude a imobilizar a pessoa sem mover a coluna, pois movimentos bruscos podem agravar lesões internas. Enquanto o socorro chega, mantenha a calma, controle sangramentos com pressão direta e evite dar alimentos ou bebidas.
Como funciona o atendimento de urgência
Ao chegar ao hospital, a equipe de trauma realiza um ABCDE – avaliar vias aéreas, respirar, circulação, estado neurológico e exposição. Essa sequência garante que as ameaças à vida sejam tratadas primeiro. Exames de imagem, como tomografia e raio‑X, ajudam a mapear todas as lesões.
O tratamento pode envolver:
- Cirurgias de estabilização óssea (placas, parafusos);
- Transfusão de sangue ou reposição de líquidos;
- Ventilação mecânica se houver comprometimento pulmonar;
- Cuidados intensivos para monitorar pressão arterial, oxigenação e função renal.
Depois que a fase crítica passa, entra a fase de reabilitação. Fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais e psicólogos trabalham em conjunto para recuperar mobilidade, força e bem‑estar emocional.
A reabilitação pode durar meses ou até anos, dependendo da gravidade. Exercícios de baixo impacto, hidroterapia e treino funcional são comuns. O objetivo é evitar complicações como contraturas, perda de massa muscular e depressão.
Para quem está em casa, seguir as recomendações médicas à risca faz toda a diferença. Use as órteses corretas, mantenha a alimentação rica em proteínas e vitaminas, e não deixe de comparecer às consultas de acompanhamento.
Se você tem alguém que passou por um politraumatismo, o apoio familiar é fundamental. Pergunte como a pessoa está se sentindo, incentive a realização dos exercícios prescritos e ajude nas tarefas do dia‑a‑dia. Um ambiente seguro e motivador acelera a recuperação.
Em resumo, politraumatismo é uma situação de emergência que exige rapidez, cuidado integrado e acompanhamento prolongado. Conhecer os sinais, agir com calma e seguir o plano de tratamento são passos essenciais para melhorar as chances de recuperação completa. Fique atento, busque ajuda profissional e não subestime o poder da reabilitação para devolver qualidade de vida após lesões múltiplas.

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